quinta-feira, 28 de abril de 2011

PRESERVAR COM CONSCIÊNCIA PARA MELHORAR O FUTURO

Por Felipe Rios
















ECOLIMPE é um grupo informal de trabalhadores de Morro Reuter que reutiliza o óleo para a produção de sabão e outros produtos de higiene do dia a dia. Esse grupo está sendo incubado pela Incubadora de Economia Solidária da Feevale, desde 2010, com reuniões semanais de uma professora e um bolsista, para esclarecer dúvidas e concretizar legalmente a cooperativa.

Como bolsista de Jornalismo participo de reuniões sobre a constituição do estatuto, na base da organização da cooperativa, e analisei que o sucesso desse grupo só depende do esforço das pessoas que estão nele, já que a idéia é ótima e compatível com a ideologia da Economia Solidária. De outra forma, o foco dos trabalhadores na preservação do meio ambiente é fundamental no projeto, afinal, além dessa produção de sabão o grupo desenvolve projeto de conscientização da população sobre o reaproveitamento das matérias que podem ser recicladas. Com isso o empreendimento além de passar cultura à população conseguirá assim mais material para sua produção.

A forma com que o grupo pensa em fazer esse trabalho é muito clara, a partir do conhecimento e experiências de sua líder, que assume a realização de trabalho direto com as escolas de Morro Reuter, no sentido de mostrar às crianças a responsabilidade com a natureza e, assim, conscientizá-las sobre a reciclagem e tudo que envolve o trabalho da ECOLIMPE.

Com a concretização dessas ideias entendo que a Economia Solidária e a esperança de um futuro melhor se tornem uma realidade cada vez mais presente no Brasil.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Associação dos Artesãos da Vila Operária de Campo Bom

Por Juliana Paes

Na quinta-feira, dia 14 de abril, as bolsistas de Moda – Malú Rosa - e de Relações Públicas , Juliana Paes, da Incubadora de Economia Solidária da Feevale participaram de um encontro na Associação dos Artesãos da Vila Operária de Campo Bom, juntamente com os artesãos e o prefeito da cidade, Faisal Karam, para discutir e acompanhar as mudanças da associação. Foram colocados em pauta os principais trabalhos realizados por aquele grupo da Economia Solidária, um dos incubados da Feevale. No final do encontro, o prefeito doou um livro para incubadora que conta a história de Campo Bom e agradeceu a Universidade Feevale pelo apoio prestado em diversas áreas da cidade.



segunda-feira, 18 de abril de 2011

FEIRA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA DA FEEVALE SE MANTÉM NA RUA COBERTA DO CAMPUS II

Por Felipe Rios

A Feira de Economia Solidária e Artesanato ocorreu nos dias 12 e 13 de Abril no Campus 2 da Feevale. Aberta à comunidade, a mostra comercializa produtos que passam do artesanato em materiais como madeira e couro, até utilitários para a casa, roupas e alimentação, como doces, compotas, conservas, pães e bolos caseiros.

A pintora e artesã Noeli Wilter de 52 anos comentou que mesmo com apenas quatro meses de experiência com a Economia Solidária e as feiras, ela já observa um começo de evolução no seu empreendimento. “Acredito que meu trabalho tem muito mais custo que os das companheiras de feira. Acho também que ainda é cedo para atestar uma melhora, mas já vejo uma evolução de idéias, vendas e ânimo para fazer o meu trabalho”, afirmou.

Já a confeiteira Eloisa Pereira Gheno de 53 anos, diz que por estar fazendo as feiras nos últimos dois anos ela consegue perceber o aumento das vendas e das variedades de seus biscoitos que estão fazendo sucesso entre os estudantes e a comunidade. Na sua experiência as vendas aumentaram em 40% desde que começou a participar do projeto de Economia Solidária da Incubadora da Feevale e com o decorrer das feiras conquistou muitos clientes fixos.

A responsável pela Incubadora de Economia Solidária da Feevale, Neusa Ribeiro, diz que o setor incentiva a produção coletiva: “auxiliamos na organização do grupo, na melhoria da comercialização e dos produtos e no design deles”. As próximas feiras ocorrem dias 2 e 3 de maio, 16, 17, 18 e 19 de junho, 9 e 10 de agosto e 1.º e 2 de setembro.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

TERCEIRO CONGRESSO DA REDE ITCPs E PRIMEIRO SIMPÓSIO DE EXTENSÃO EM ECONOMIA SOLIDÁRIA FORAM ABERTOS COM SUCESSO.

Por Felipe Rios

















Nessa última quinta-feira do mês de março ocorreu o primeiro dia de palestras do III Congresso da Rede Universitária de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares e I Simpósio Internacional de Extensão Universitária em Economia Solidária, no auditório da Faculdade de Direito, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.



Com o tituloUniversidade e Economia Solidária: Produção de conhecimento, cenário de desenvolvimento e o lugar das tecnologias sociais”, o terceiro congresso da Rede de ITCPs e o primeiro simpósio foram abertos com uma mesa constituída pelo Reitor da UFRGS, Carlos Alexandre Neto; o secretário Estadual de Economia Solidária e apoio a Micro e pequena Empresa Mauricio Alexandre Dziedricki que representou o governador do Estado Tarso Genro; a presidente Câmara de Extensão da UFRGS, professora doutora Márcia Bohrer Mentz; e o representante da coordenação da Rede ITCPs, professor doutor Carlos Eduardo Arns além da representante da comissão organizadora do congresso, professora doutora Ana Mercedes Sarria Icaza.



Após uma abertura de vibrações positivas sobre o futuro da Economia Solidária e a ação das Universidades realizou-se o painel principal sobre “Cenários do Brasil e da América Latina: Economia Solidária, Políticas Públicas e modelo de desenvolvimento”.



Sobre o tema, o representante do Espaço MERCOSUL de Economia Social e Solidária do Chile, Eduardo Letile comentou a importância do desenvolvimento da Economia Solidária em diferentes espaços da sociedade latina- americana em que o assunto é abordado e desenvolvido com coletivos universitários e de trabalho.



Já a palestrante Diretora de Economia Solidária do governo do Rio Grande do Sul, Nelsa Nespolo comentou que a adoção de políticas públicas para o setor deve ser consolidada com a participação dos empreendimentos que devem estar atentos e cobrar do governo ações efetivas.


Para o professor da Fundação Universidade de Blumenau Valmor Schiochet a Economia Solidária não tem uma base concreta para sua implementação no Brasil inteiro. Foram citados como alguns dos pontos que ainda não foram resolvidos na área a “base legal” e os “recursos financeiros”. O professor questionou sobre o papel do governo Federal e Estadual no projeto da Economia Solidária, qual será o espaço dela nos investimentos governamentais em um futuro próximo.



Durante a tarde, depois de concluída a primeira etapa do congresso, ocorreram os grupos de trabalho nas salas de aula da Universidade, fazendo com que participantes das incubadoras interagissem com discussões produtivas sobre diversos assuntos dentro da Economia Solidária.


O primeiro dia da programação dos dois eventos foi encerrado a noite com a palestra do professor da UNICAMP Renato Dagnino, falou sobre produção de conhecimento, tecnologias sociais e Economia Solidária.

domingo, 3 de abril de 2011

O que é a rede de ITCPs ?

Por Juliana Paes

A rede universitária de incubadoras tecnológicas de cooperativas populares ( rede de ITCPs) nasceu em 1998 e seu objetivo é apoiar a criação e consolidação de empreendimentos de economia solidária, bem como prestar assessoria e formação a grupos já consolidados. Para tanto, a ação das ITCP's pressupõe um processo de intensa articulação entre pesquisa, ensino e extensão nas universidades em que funcionam.
As demandas por incubação vêm de grupos economia solidária, que em geral reúnem cidadãos desempregados ou em situação de trabalho precário. Empreendimentos esses que buscam de forma coletiva e autogestionária a partir de suas experiências e qualificações profissionais gerar trabalho e renda. O exercício da incubação por grupos de professores, estudantes e tecnicos vinculados as universidades que atuam de forma interdisciplinar compreende o trabalho de assessoria e formação. Em contrapartida, o contato com os grupos transforma o ensino universitário aproximando-o da realidade dos trabalhadores.

É através da Rede de ITCPs que as incubadoras discutem e aperfeiçoam suas metodologias. Atualmente são 44 incubadoras em todo o Brasil, tanto de universidades públicas quanto de universidades particulares.

A universidade Feevale, desde 2006, tem em funcionamento a Incubadora de Economia Solidária, na sala 424 do Campus I com um grupo de 5 professoras e 6 bolsistas, atualmente, trabalhando na incubação e assessoria dos seguintes empreendimentos:

- Associação dos Artesãos da Vila Operária de Campo Bom;

- Ecolimpe (Morro Reuter);

- Arte em Produção (CRAS - Canudos);

- Oficina de Geração de Renda (CAPS - NH);

- Feira de Economia Solidária da Feevale;

- Grupo de Trabalhadores da Alimentação da Feira da Feevale;

- Coordenação do Forum Municipal de Novo Hamburgo de Economia Solidária.